Não se deve concluir que a orientação certa subtraia os problemas. Esta é uma das coisas que causa perplexidade a muitos cristãos. Eles seguem um caminho que parece ser indicado por Deus e, como conseqüência direta disso, encontram uma série de novas dificuldades, ficam ansiosos. Lembram-se do exemplo do profeta Jonas que, ao ser enviado para o leste para pregar em Nínive, tomou um navio que ia para o norte, “fugiu da presença do Senhor” (Jn 1:3) e foi alcançado por uma tempestade, humilhado, atirado ao mar e engolido por um enorme peixe para que voltasse a sua responsabilidade. Será que a presente experiência (perguntam a si mesmos) é um sinal divino dizendo-lhes que estão como Jonas, fora da rota? Talvez seja, e a pessoa sábia aproveitará a ocasião para verificar com todo o cuidado sua direção original. Os problemas devem sempre ser encarados como avisos para avaliar a própria conduta. Eles não são necessariamente sinal de que se está fora da rota de Deus, pois a Bíblia declara: “O justo passa por muitas adversidades” Sl 34:10. Ela ensina que seguir a direção divina inclui também dificuldades. Há muitos exemplos, dois deles encontramos no Evangelho de Marcos. Os discípulos de Jesus foram duas vezes apanhados à noite pela tempestade no mar da Galiléia (Mc 4:37 e 6:48), e em ambas a razão de estarem lá foi obediência à ordem de Jesus.O contexto exato para discutir a direção é o da confiança em Deus que não nos deixará arruinar a alma. Nossa preocupação, portanto, deve ser mais em relação a Sua glória que a nossa segurança – pois esta já está determinada.É Jesus o primeiro e o último,Cujo Espírito nos guiará continuamente;Nós O louvamos por tudo que passou,E confiamos Nele em tudo que há de vir.
